terça-feira, 12 de novembro de 2013

Tumulto

Certos momentos
De extrema felicidade
Ou de fundo sofrimento
Me acomete uma doida vontade
Uma explosão de sentimentos
Que se propaga pelo corpo
Como uma tempestade
Que me invade, em ondeadas
Provocando um tumulto confuso
Nesta alma já atormentada

Tenho vontade de gritar
Aos quatro ventos
Tão alto e tão forte
Que fizesse a terra chacoalhar
Como um abalo sísmico
Que deslocasse seu eixo
Que abrisse as vagas do mar
E no seu doce leito
Eu pudesse descansar

Vontade de correr a eito
Até os músculos estourar
De brincar com o vento
Nas asas de um pássaro
Livre, por aí a voar
E a um só tempo
Em todo lugar estar

Ah, vontade de abrir meu peito
Com a unha dos dedos
E mostrar a todo o mundo:
Vejam, aqui bate um coração!
Que sofre, que tem medo
Que sente sede de paixão
Vejam como ele bate forte, rijo!
Como sangra em borbotão!
Vamos, dê-me sua mão
Está sentindo-o?
Pois eu não

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