quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Conflitos

Desentendimentos bobos
Por coisas sem valor
Já me tiraram mais de um amigo
E levaram pessoas para nunca mais voltar
Rixas que só têm sentido
De momento
Quando muito
Mas que meu orgulho
Minha tola vaidade
Impediu de perdoar

Hoje me sinto ridículo
Uma criança mimada
Um velho rabugento
Acumulando mesquinharias
Que nem eu dou mais valor
Passeando sozinho no parquinho roto da memória
Cheio de rancor
Chamando por nomes que não estão mais aqui
Querendo fazer as pazes
Porém teimoso demais para admitir
Que todas essas bobagens
De nada valiam

As pessoas foram-se embora
Me deixaram só com minhas ninharias
E minha cara feia e emburrada
Ninharias pelas quais não valia brigar
Ninharias que de fato ninguém queria
Por pirraça, o tempo há de me subtrair
Cada uma delas
E nada me restará
Além das desculpas decoradas
Palavras por palavras
Que eu nunca tive coragem de dar

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Equilíbrio

Há momentos de lembrar
E outros de olvidar

Dos exemplos ruins
E dos bons

Há hora para otimismo
E outra para pessimismo

Para ser racional
E passional

É preciso estar sempre transitando
De um lado a outro

Equilíbrio não é estado
Que se chega ao final

É movimento
Que nunca cessa