quinta-feira, 30 de julho de 2009

As rosas brancas e você

As rosas brancas,
Assim como você,
Cantam e encantam
Minha manhã e o meu entardecer


Há de se ter cuidado
Senão nem me vejo envelhecer
Estando sempre do teu lado
Passaria a vida toda a te ver


As rosas brancas,
Assim como você,
Têm pontudas lanças
E ferem um coração à mercê


Há de se ter cuidado
Com seu temperamento
Variam do alto a baixo
Mudam sem consentimento.


As rosas brancas,
Assim como você,
Dão-me esperanças
Dão-me vontade de viver


Não tenho muito cuidado,
Mas, afinal, fazer o quê,
Se com as rosas sinto-me amado?
Sim, as rosas brancas é você.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Nossa pequena história

E foi assim a história: tão singela quanto verdadeira. Quem viu, assim como as duas almas que a escreveram com linhas tímidas, jamais poderia prever os rumos que tudo tomaria. Rumos desconhecidos. Somente engolindo muita coragem pela manhã para segui-los bravamente dia afora. Ainda assim, não houve um momento sequer de hesitação, no qual um dos dois pudesse desistir e voltar atrás.


Olharam para eles de modo desconfiado, incrédulos. Poucos compartilharam ou poderiam compartilhar da crença em um amor aparentemente tolo e inocente. As pessoas têm medo de se arriscarem e não querem que outros façam o mesmo. Acusaram-lhes de heresia e pretenderam jogá-los na fogueira da incompreensão. Resistiram, pois sabiam que um grande amor não nasce todo dia. E no final, ambas as vidas haviam sido transformadas completamente e nada mais seria como antes. Veio a primavera e coloriu de múltiplas cores e tons o cinza invernal que secava os seus corações.


Parece pouco coisa, um amor, diante da imensidão do mundo? Talvez sim. O fato é que, para quem ama, o mundo fica pequeno, tão pequeno que poderia ser pego por uma das mãos e dado de presente à outra que, com ela, compartilha os mesmos sonhos.