quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Ode à mediocridade

Longe de mim querer carregar o fardo dos eminentes,
Dos notáveis, dos super-homens nietzschianos;
Vistos com ciúmes e respeito, misto de inveja e enaltecimento;
A vida inteira chamados a prestar contar sobre seus atos,
Menos pelos outros do que por si mesmos;
Implacáveis, constantemente ocupados com seus legados,
Mas solitários, abandonados à própria grandeza.
Felizes aqueles que mantêm suas expectativas baixas;
De quem não se espera nada além da média;
Que podem dar-se ao luxo de errar sem vergonha ou culpa;
Que não precisam provar a todo o momento a dignidade de sua posição;
Que ao invés do mundo aos seus pés, têm ombros emparelhados ao seu lado;
O que me interessa é ser apenas uma pessoa normal, com seus erros e acertos;
Apenas mais uma entre outras tantas, anônimas na multidão;
Medíocres, mas satisfeitas.

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