segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Filosofia antiga

Não sejas como um caracol
Que quando tocado
Foge entocando-se em sua concha
Não sejas como um tatuzinho
Que quando se sente ameaçado
Em torno de si mesmo se fecha como uma bola
Não sejas como certas espécies de besouros
Que, para desbaratar possíveis predadores
Paralisam-se e fingem-se de mortos
A qualquer um que se acerque
Não sejas como um porco-espinho
Que fere com mil aguilhões
Quem só queria sentir-te o corpo
Dar-te um abraço
Estar por perto
Juntinho
Sejas como um cardume de peixes
Como uma matilha de cães
Uma manada de elefantes
Abelhas numa colmeia
Tenha perto teus semelhantes
Não te escondas
E não tenhas medo
Da solidão

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