segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Um pouco de Clarice e de Chico

Sou um pouco
Como Clarice
Nada conheço
Ou quase nada
Das grandes obras
Dos imortais
Da pena
Dos ilustres
Beletristas
Do passado
E suas obras imortais
Quanto mais
Poderia eu
Declamar-lhes
Um poema
Uma estrofe
Sequer um verso
De memória
Escrevo poesias
Porque saídas do fundo
Do mais íntimo
Como um grito
Passado dois dias
Mal lembro que havia-as escrito
Será que tenho algo
De Francisco
Assim como Xavier tinha algo
De poeta?
Alguma coisa me diz
O que escrever
Embora não diga o porquê
Escrevo não com a cabeça
Tampouco com a mão
Não tenho métrica
Nem regras
Escrevo com a alma
O que lhe comunica o coração
Escrevo por instinto
Como faz o salmão
Subindo o rio
Pelejando contra a correnteza
Para ter seus filhos
No mesmo exato lugar
Onde nascera

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