quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O mar

Vontade de nadar
Pra longe da costa
Pra dentro do teu mar
Nadar livre
Sem receio
De me afogar
Quando faltar o ar
No teu beijo
De mergulhar
Em seu seio
O vasto véu ondulado
Quando me cansar
Vontade de partir
Pra nunca mais voltar
Em ti submergir
Sem tornar a respirar
De sair deste raso
De ter o pé plantado
Neste plano chão
Feito coqueiro, calado
Quero ser barco
Vencer a rebentação
Quero dar braçadas
Feito peixe n’água
Ir e não olhar pra trás
E a essas praias
Não retornar jamais

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