A vida de um equilibrista
Está sempre por um fio:
Sustentada por uma linha,
Encimada sobre um abismo
Bamba e ao mesmo tempo firme
Ela balança, solitária, no vazio
Ai dele se não segui-la à risca!
Ai dele se lhe falta tino!
Cuidado, equilibrista,
Muito cuidado onde pisa!
Vida de equilibrista é um sufoco
Ela toda depositada num único risco
Prende a respiração quando o rufo soa
Segura-se nas cadeiras o público do circo
Se, num átimo, perde-se o rumo
Se com o prumo põe-se em desalinho
O corpo bamboleando, braços estirados
Os espectadores, sobressaltados
De susto, suspendem o sorriso
Cuidado, equilibrista!
Muito cuidado onde pisa!
Perfazendo sempre o mesmo caminho
Para onde irá o equilibrista?
Ganhando a vida com malabarismos
Por que será que se arrisca?
Apostando a sorte num tênue fio de um só sentido
Chegará ele ao outro lado vivo?
Cuidado, equilibrista!
Muito cuidado onde pisa!
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