Será que se eu te liquefazer
Verter teu caldo sobre mim
E bebê-lo até de bêbado cair
Saciar-me-ei do teu querer?
Alentar-me-á o teu corpo líquido
Transfundido ao meu, quase morto
Tal como o sangue novo e viçoso
Revigora um paciente enfermiço?
Será que se eu apertar você
Com toda a força que tenho
Sufocá-la contra o meu peito
Fundir-nos-emos em um só ser?
Tornar-nos-emos dois átomos a ocupar
O mesmo espaço, tal como dois rios
Passam a ocupar o mesmo leito
Quando juntos vão em direção ao mar?
Será que se nós nos explodirmos
Teremos infinitos pedaços nossos
A semear essa terra carente de carinho?
Ou talvez voaremos juntos ao vento
Alto, bem alto, até os limites do espaço
E como estrelas viveremos até o fim dos tempos?
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