sábado, 3 de agosto de 2013

Ainda que...

Ainda que tivesse mais tempo
Ainda que houvesse outro jeito
Ainda que não tivesse defeito
E que eu não fosse eu mesmo...

Ainda que houvesse recomeço
Ainda que fosse de novo rebento
Ainda que renascesse em outro berço
E que tentasse de novo pelo avesso...

Ainda que eu fosse menos desatento
Ainda que não me vencesse o desalento
Ainda que vivesse a vida a contento
E que o céu fosse menos cinzento...

Ainda que pudesse ser mais sincero
Ainda que o mundo não fosse severo
Ainda que vivesse a vida sem receio
E que tudo deixasse de ser efêmero...

Que tudo fosse belo e nada fosse feio
Que tratássemos uns aos outros com respeito
Que cabimento não tivesse o desespero
Que não houvesse motivo para ter medo
Que o coração transbordasse pleno e cheio
Que o próspero não se medisse em dinheiro
Que a felicidade não se expressasse em número
Que o amor não fosse mísero mas um exagero
E que meus braços fossem vastos e meus beijos intensos
O suficiente para alcançar o mundo inteiro...

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