sexta-feira, 6 de junho de 2014

O vento (II)

Quanta saudade do que já passei
De todos e de tudo um pouco
Saudade do passado e do futuro
E do que nem dizer eu sei

Muita saudade do que eu fui
Das coisas que nem conheço
Saudade de todo um mundo
E dos lugares que nunca verei

Sobra saudade disso e daquilo
Dos amores que nunca terei
Saudade de fulana e de ciclano
E das pessoas que um dia beijei

Saudade daquele nosso momento
E dos fatos que esquecerei
Saudade porque poderia ter sido doutro jeito
Jamais saberei

Da vida que vivi e vivê-la ainda hei
Fica a saudade guardada no peito
Não há espaço pra arrependimento
Só saudade, doce saudade, sentirei

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