domingo, 19 de janeiro de 2014

Espinhos

As pessoas têm espinhos
Que quando jovens
São ainda pequenos e macios
Mas elas crescem e endurecem
E assim também os seus espinhos

Para não se machucarem
Quando estão juntas
Mantêm entre si distância segura
E as armas sempre em guarda
Embora desejem, lá no íntimo
Companhia e ternura

Acima dos espinhos
Exibem formosas rosas
E ninguém há aos ouvidos
Que lhes diga quão únicas e belas são
A vida é dura com as pessoas
Se por um lado lhes dá um coração
Por outro com espinhos o coroa

A culpa é deste vazio
Deste vazio existencial
Que me come as entranhas
Quanto mais pessoas eu lá dentro eu jogo
Mais sozinho aqui fora eu me sinto

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