sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Praticar a justiça

Quem sou eu para julgar
Onde o outro fraqueja
Onde ele falha ou desiste?
Eu, que, por graça do destino
Tive todas as condições
E oportunidades necessárias
Que sei eu das dificuldades dos outros?
Dos erros e das culpas
Só conheço as minhas
E a despeito de saber disso
Hei de passar a vida toda
Como todas as demais pessoas
A julgar e condenar todo o mundo
É bom, portanto, que
Além de oferecer-me também a julgamento
Ao julgar, ouça
Ao condenar, estenda a mão
O segredo da verdadeira justiça
Está no ouvido que ouve
E na mão que ajuda
E não na boca que acusa
Ou na mão que castiga

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