quinta-feira, 7 de junho de 2012

Entre realidade e sonho, as horas mortas

Reina calma a clara manhã lá fora.
Entre a vastidão do céu e da terra,
Sossegado,
De mãos e braços dados,
Um pequenino casal enlevado,
Entre beijos e afagos,
Se namora.
Tantas coisas ao redor dando-lhe voltas.
Mas, desapercebido e arrebatado,
O casal nem toma nota.
Simplesmente ignora.
Que mais poderia haver no mundo afora,
Senão solidão e felicidade morta?
Diante do fato,
Os de pouca sorte como eu,
Estupefatos,
Entreolham-se e perguntam:
Que faço agora?
Pois eu respondo:
Ri, canta, dança, ama, chora.
Curta a vida,
Passa a hora.
Curta é a vida,
Hora vai atrás de hora.
Esvai-se mais uma agora.
Ri, canta, dança, ama e chora.
Em uma palavra: goza.
Goza a vida porque o que ela dá,
Logo toma de volta.

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