sábado, 8 de junho de 2013

Solidão (CLXII)

Esta solidão maçante
É perene e intrínseca

Angustiante imensidão
Que encomprida a vida

Rato e queijo parmesão
E como rói a bandida!

Mergulhado na rotina
Empedrou-se o coração

Que vez ou outra, a união
De dois amantes liquidifica

Condição desenxabida
Sina de cavalo azarão

Ora, no curso desta vida
Muitas águas rolarão

Tantos amores e desditas
São as pedras que virão

Em meio à perna que caminha
Só por caminhar, sem razão

Mas isso é coisa minha
À qual não cabe generalização

Vivo a vida como despedida
E assim me encontrarão

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