Eu faço de tudo
Mas nada dá certo
E me sinto um estúpido
Pois tudo eu desconserto
Vou fazendo de tudo
Isso quando eu faço
E me sinto absurdo
Por tudo fazer errado
Por fazer, resta tudo
E todo o resto é vão
Comigo ficam putos
Por nada fazer de bom
Fazer de tudo
É tudo quanto eu faço
Tento emendar, contudo
As merdas que fiz no passado
Fazendo de tudo
Nesta longa viagem
E deixo todos furibundos
Tamanha minha inabilidade
Há muito por fazer, muito
E me dá profundo cansaço
Ter de fazer de novo tudo
Já que sempre farei errado
Faço de novo tudo
De praxe, equivocado
Tento concertar neste mundo
Porque não há nada doutro lado
Do começo, de novo tudo
A persistência é o segredo
Talvez o erro seja fecundo
Pois é dele que vem o acerto
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